Japi, terra querida

Um dia parei para pensar, então, a partir daquele momento surgiu a seguinte reflexão: Todo povo tem a sua história. Qual é a nossa história? A origem dela, quando e como tudo começou?
Nesse desejo de saber tudo a respeito da nossa formação como sociedade saí da minha zona de conforto e fui em busca de informações em todas as fontes de conhecimento, as quais pudessem explicar algo a respeito da origem de toda a história do nosso município e do povo que nele habita, demostrando evidentemente suas lutas e seus fatos.
Nessa persistente batalha em busca de narrativas, encontrei valiosos tesouros que guardavam em seus cognitivos ricas histórias. Eram as ilustres personalidades, mais idosas e mais experientes de nossa cidade, que se tornaram de fato, a partir de 2004, os principais protagonistas da nossa história constituindo o maior núcleo de informação que contribuiu significativamente para me nortear, desenhar e desenvolver inicialmente, o caminho certo que deveria seguir, de maneira cronológica passo a passo. Durante um período de quase quatorze anos, colhi de maneira cautelosa todos os acontecimentos que compõem todo o enredo que está registrado neste livro.
De tudo isso, duas reflexões me emocionam: primeiro, é saber que quase todas essas pessoas já faleceram. Isso, muito me entristece. Segundo, por vezes chego a refletir: se até agora Deus não tivesse me usado para buscar essas informações com as pessoas que já faleceram, tendo em vista que elas foram os principais narradores  dos fatos que fundamentaram o início da nossa história, que para tanto é a vida desse livro, como nós e as futuras gerações iríamos conhecer a verdadeira história de Japi, se ela tivesse sido enterrada juntamente com os nossos entes queridos? Graças ao Deus onisciente, que é o senhor da sabedoria. Só a ele é que devemos dar glória e elogio, pois foi ele quem prolongou as vidas dessas pessoas até nos revelar como tudo aconteceu.
Veja os nomes dos informantes que já faleceram (os verdadeiros tesouros): 
Leôncio Miguel – Francisca Confessor – Pedro Lopes Pimenta – Nelson Lopes Pimenta – José Vicente (Bajau) – Maria Áurea de Medeiros – Francisca Amelino de Medeiros – Manoel Claudino – Antônio Lourenço – João da Mina – Madrinha Salvina – Francisco Alves (Chicão) – Silvina Guedes – Antônio Marins do Nascimento – Paulo Pinheiro – Antônio Branco.